As Historias de Daniel B. "Hospital da Humanidade" cp 8 C

As Historias de Daniel B. "Hospital da Humanidade" cp 8 C








¾    Ai é que esta o problema. Não existe. Não encontramos nada sobre civilização alguma. Porem existe no planeta um totem. Se existe, alguém fez.
¾    É logico. Espere a analise do material e continue vasculhando o planeta. Ou melhor. Volte. Deixe algumas equipes de voluntários com uma grande quantidade de robôs técnicos e de combate. Se descobrirem alguma coisa no planeta ou no sistema, você volta. Pense nisto.
¾    Farei isto, mas antes irei ao local onde encontraram os artefatos. Depois eu voltarei para a Terra. Amanhã me comunico contigo. Em dois dias no máximo estarei ai. Pode confirmar a inauguração. Sem falta.
¾    Ótimo. Farei isto. Ate breve e boa sorte.
Daniel desligou e aproveitou a presença do Dionizio.
¾    Você se apresse nesta analise. Amanhã você irá comigo.
¾    “nem vou dormir”, passarei a noite trabalhando.
Brincou Dionizio usando a liberdade que Daniel lhe concedera.
Dionizio não necessitava de dormir. Ele é um robô personalizado.
Dionizio é um amigo sempre presente na vida de Daniel.
¾    Daniel. Tenho uma suspeita.
¾    Diga. Qualquer luz a iluminar meu túnel, é bem vinda.
¾    Aqui neste planeta havia uma vida semi inteligente em franco desenvolvimento.
¾    E onde ela se encontra hoje?
¾    Foi extinta.
¾    Como?
¾    Esse metal não é deste sistema.
¾    Não? E de onde vem?
¾    Alguém caiu neste sistema, ou melhor , neste planeta por acaso. Mas devia estar com sérios problemas com sua nave. Ela deve ter-se espatifado. Por isto que estes pedacinhos de metal foram encontrados e aproveitados pelos nativos do local.
¾    Faz sentido ate certo ponto. Este povo teria continuado a evoluir. Hoje estariam espalhados por todo o planeta.
¾    E qual seria o motivo de não estarem? E ainda outra situação.
¾    Qual?
¾    Algum tipo de radiação peculiar a este povo que lhes tenha tornado inférteis. Alguma praga, doença..., que possa ter vindo com esse estranho ser que chegou aqui, sabe-se lá de onde. Algo que possa ser insignificante ou não a ele. Mas que possa ter se tornado fulminante a este povo em ascensão.
¾    Faz sentido. Mas com certeza este povo teria registrado algo sobre isto. Onde estão os destroços desta nave? As ruinas dos habitantes locais?
¾    Amanhã ao examinar o local ao redor da ruina saberemos mais detalhes. O tenente com apenas uma equipe teve um trabalho limitado. O nosso será bem mais completo. Amanhã.
¾    Dionizio. Suas palavras e seu modo peculiar de raciocinar logicamente me fez um grande favor. Agora começo a ver melhor o quadro. Obrigado por sua ajuda. Agora poderei direcionar melhor as pesquisas.
¾    Agora? Não vamos amanhã?
¾    Sim, Dionizio, meu amigo. Falar, agora, quer dizer que tenho em mente um objetivo mais visível.
¾    Entendi. Suas figuras de linguagem. Agora entendi o seu “agora”.
¾    Ate amanhã amigo. Mas faça o que pedi.
¾    Amanhã você já terá seu resultado. Porem eu praticamente sei o resultado.
¾    Sabe? Como?
¾    É o metal de cobertura de alguma nave destroçada. Ainda encontraremos pedaços maiores.
¾    Amanhã veremos.
Saiu e foi descansar. As palavras de Dionizio lhe estavam a martelar a mente. Não seria fácil dormir.
Tomou um comprimido para relaxar e dormiu.
Na manhã seguinte Dionizio o acordou cedo, no horário que Daniel lhe pedira.
Tomou um banho e foi ao refeitório.
Encontrou poucas pessoas. A maioria já havia feito sua refeição.
Todos lhe aguardavam fora da nave posicionados perto dos planadores que iriam utilizar.
Daniel pediu ao major Reginaldo que chamasse os lideres das equipes. Ele mesmo manteria a equipe que estava com ele no dia anterior.
¾    Meus amigos. A tarefa que temos pela frente é muito importante. Definirá se o planeta que estamos será útil ao nosso povo ou não.
¾    Quais serão as estratégias a seguir?
¾    Somos onze equipes. Estarei á frente de uma. Com centro no local das ruinas encontradas partiremos em linha reta para fora.
¾    Mas a área é próxima ao mar.
¾    Invadiremos o mar.
¾    O que devemos procurar especificamente?
¾    Mais ruinas. E também os destroços de alguma nave espacial destruída.
¾    Nave?
¾    Aqui neste planeta despovoado?
¾    Sim. Mas é apenas uma suposição. Qualquer novidade deve ser irradiada imediatamente. Onde for localizada, e se for, irei para lá imediatamente. Desta vez o major Reginaldo estará comandando do próprio local. Vamos agora. Partam.
¾    Que estão esperando? Partir.
Todos correram e planadores levantaram voo imediatamente.
Robôs de combate seguiam o enxame de planadores.
Tudo o que Daniel tinha a disposição estava sendo empregado nesta ocasião. Ficara na área da nave somente o estritamente necessário para emergência. E a nave com instruções para defesa automática total. O campo de força estava estendido ao máximo da potencia.
Chegaram ao destino e Demerval foi o primeiro a pousar.
A ele seguiram-se os outros planadores, onze ao todo. E uma centena de robôs de combate e técnicos.
Daniel estava esperançoso de conseguir algo mais significativo desta vez.
¾    Tenente Demerval. Então são estas as ruinas que encontrou. No máximo uma dezena de seres habitavam aqui. Que será que aconteceu a eles? Ou, onde estão?
¾    Senhor, no meio da equipe existem dois arqueólogos. Que eles auxiliados por alguns robôs escavem esta área. Com certeza descobrirão algo mais interessante. Talvez algum indicio documentado, não sei de que maneira, sobre o que aconteceu.
¾    Major Reginaldo. Quem são estes arqueólogos? Que se apresentem.
¾    Jean, Pietro. Se aproximem por favor.
Dois homens saem do meio dos companheiros e se apresentam.
¾    Aqui estamos, senhor Daniel. Acredito saber o que deseja de nós.
¾    Melhor assim. Você é o?
¾    Eu sou Jean Karl e este é Pietro Mallarin.
¾    Senhor, nós já nos conhecíamos antes de se engajar a seu serviço. Acreditávamos poder desenvolver muito mais ainda nosso trabalho agregando aos nossos conhecimentos sua tecnologia avançada. E vejo que não estávamos errados. Olhe onde estamos sendo uteis.
¾    Esta certo, senhor Pietro. Espero poder ajuda-los a acrescentar muito ao seu arsenal de conhecimento. Agora, porei a disposição de vocês dez robôs técnicos e dois de combate. Desenterrem tudo o que houver em baixo destas ruinas. Não é muita coisa o que se vê aqui em cima. Mas...
¾    Sim senhor. O senhor esta certo. Escondido aos nossos olhos por baixo destas terras, pode haver tesouros de informações valiosas. Vamos ao trabalho.
¾    Vai ver escrito na parte superior do peito dos robôs suas especialidades. Será mais fácil usa-los desta forma.
¾    Obrigado, senhor Daniel. Vamos pegar alguns equipamentos e iniciar nossa tarefa.
¾    Major Reginaldo. Podem começar a espalhar-se.
¾    Certo, senhor Daniel. Vamos molengas. Todos sabem o que procurar. Faremos o aro de uma bicicleta. Iniciando daqui. Os robôs caminharão em linha lateral. Acompanhe-os. Alguns a pé e outros nos planadores com equipamentos de analise de solo. Se acharem uma agulha que seja. Enviem o sinal combinado. Partir.
¾    Senhor. Agora é aguardar o resultado.
¾    Reginaldo. Eu e minha equipe entraremos mar a dentro.
¾    Acredita que os seres daqui mutaram para anfíbios?
¾    Não é isto. Tenho uma suspeita e quero comprovar. Mantenha contato. Volto no máximo em duas horas, se nada mudar os planos.
¾    Sim, senhor. Ficarei aqui para dar suporte as equipes. O senhor Deca vai com o senhor, suponho.
¾    Sim, ele vai. E o major Edwardo também.  
Daniel embarca com seu grupo e segue em direção ao mar. Ainda não tem uma ideia de que esta procurando, mas segue um instinto.
¾    Iremos em linha reta e abriremos o maior ângulo possível de escaneamento da região. Quem ver algo de anormal anuncie imediatamente.
¾    É uma tarefa estranha. Procurar por algo sem saber o que é?
¾    Sim, Déca. É algo estranho porem necessário. Algo me diz que envolve alguns problemas. Veremos.
¾    Espero que esteja errado desta vez. Porem vamos em frente.
¾    Major Edwardo. Quanto uma tribo nômade costumaria andar em suas peregrinações?
¾    É difícil saber Daniel. Aqui parece não haver falta de agua. Se tem agua, tem alimento. Se tem agua e alimento, não se peregrina.
¾    Tem logica. Então eles encontraram estes materiais aqui por perto. Nós os encontraremos. Com certeza encontraremos os destroços de uma pequena nave caída.
¾    Uma nave? Será que seres inteligentes já vieram a essas paragens?
Daniel narra a conversa que tivera com Dionizio.
¾    Olhando deste ângulo, Dionizio estaria coberto de razão. E como pensa logicamente... a probabilidade de estar certo é grande.
¾    Dr. Mateus. Encontrando algo ou não. Partiremos hoje a noite. A inauguração do hospital já esta marcada.
¾    Ótimo. Podemos deixar uma equipe continuar as procuras.
¾    Farei isto. Mesmo que encontremos a resposta ao enigma, uma equipe deverá continuar aqui e desenvolver uma Base permanente. Agora este planeta é nosso. Mandarei algumas naves robotizadas para sua defesa. E do sistema todo.
¾    Daniel, acredita que raças inteligentes conhecem este sistema?
¾    Não. Se conhecessem já haveria uma base delas aqui. É um planeta muito interessante para se deixar de lado. É uma colônia ideal.
¾    Daniel.
¾    Fale Déca.
¾    Tem algumas formações submarinas ali que poderiam servir de abrigo ou esconderijo para alguém com problemas. Vamos vê-las?
¾    Onde? Pouse sobre uma área plana.
¾    É um platô submerso. Veja aquela caverna. Cabe um planador grande ou ate mesmo uma pequena nave.
¾    Entre nela.
¾    Da ate para manobrar dentro dela.
¾    Va em frente. Envie um robô de combate na frente. Quero caminho livre.
Eles soltam um robô instruído a não matar, se possível, nenhuma criatura da caverna.
¾    Iluminem mais a caverna. Ali ela se divide em duas. Pare.
¾    Qual seguiremos?
¾    A maior. A da direita. Se não der em nada. Veremos a outra.
¾    Certo.
Dionizio avança pela caverna escolhida. 
¾    Esta subindo. Estamos num aclive acentuado.
¾    Siga em frente.
A caverna submarina acaba se abrindo numa galeria.
Daniel decide descer para verem os detalhes.
O robô não encontrou nada de perigoso.
Desceram. Somente o dr. Mateus permaneceu no planador.
As paredes da galeria subiam íngremes. Foram andando um pedaço e viram que a caverna continuava. Porem já havia algo de interessante.
Se percebia que haviam marcas não naturais na caverna.
Alguém, algum dia já estivera ali.
¾    Vamos em frente. Vamos a pé. Dr. permaneça no planador e fique alerta. Deixe mais um robô de combate em estado de prontidão.
¾    Sim, senhor. Vão demorar?
¾    Não desejo, se for preciso pedirei que avance pela galeria para nos encontrar. Entre em contato com o major Reginaldo e determine nossa posição. Veja se ele manda uma outra equipe vasculhar a caverna da esquerda.
¾    Sim, senhor.
¾    Dionizio, onde esta o robô de combate?
¾    Esta 300 metros a nossa frente. Mandei ele parar e esperar.
¾    Ótimo. Vamos segui-lo.
Haviam muitas marcas perceptíveis no chão e nas paredes. Quem as deixou não o fez de proposito, mas acidentalmente. Não estava preocupado em ocultar sua presença. Estava seguro aqui.
Encontraram o robô. Dionizio o mandou prosseguir e o seguiram.
¾    Daniel, o robô encontrou algo de notável.
¾    O que é?
¾    Destroços.
¾    Será que é o que estamos procurando?
¾    Veremos.
¾    Ali.
O robô estava parado em atitude de alerta total. As paredes da caverna agora subiam.
Num canto estava os restos de um caça de combate.
¾    Robô suba e veja ate onde vai esta caverna em ascendência.
¾    Que acha Daniel? Estes destroços? Não são de um de nossos caças. A quanto tempo estarão aqui?
¾    Não sei major. Mas saberemos. Dionizio, conhece estes padrões?
¾    Não. Infelizmente, não.
¾    Por que infelizmente?
¾    Nos meus arquivos não há registros de tipos de naves de povos diferentes. Mas com certeza o coletor conhece.
¾    Coletor? Quem é esse Daniel?
¾    Coletor é o Gigante, major. Sempre que ouvirem a expressão Mestre ou Coletor, é o Gigante. Mas é historia para outro dia.
¾    Terei tempo para ouvi-la. E agora?
¾    Vamos vê-la de perto. Procurem vestígios do piloto.
¾    Veja, ele acampava ali. Não deve ter sobrado nada de confortável dentro da nave.
¾    Ela esta toda destruída. Só da para ter uma leve ideia de como era.
¾    Sim, um tipo de disco com a parte traseira mais larga. Era uma nave de dois ou no máximo três lugares.
¾    Daniel, porque esta cara esquisita?
¾    Este disco, Déca. Ou este caça, não pode fazer viagens muito longas. No máximo 50 ate 100 anos luz, se chegar a isto. Algumas nem saem de seu sistema. Isto é o que me preocupa.
¾    Entendi. Se tem um caça tinha uma nave mãe. Agora cabe descobrir os tempos.
¾    Sim. Vamos mandar tira-la daqui e o transportaremos ate o Gigante.
¾    O robô esta de volta.
¾    Dionizio, ele transmitiu qual o tamanho da caverna?
¾    Sim. Ele a seguiu em linha quase reta a uns 300 metros daqui termina. E termina ao ar livre.
¾    Ela vai ate terra firme?
¾    Sim. Veja, ele esta ali.
¾    Dionizio, mande o dr. Mateus trazer o planador. Sairemos por aqui.
¾    Vejam. Parece que tem algo ali.
Era uma marca na parede. A língua era desconhecida.
O solo ali estava diferente do solo do resto da caverna.
¾    Procurem nos destroços algo para removermos esta terra.
Encontraram uma lamina do casco do caça que serviria.
Removeram a terra. Não muito profundo. Estava ali.
¾    É o que sobrou de um esqueleto.
¾    Retirem-no da cova.
Retiraram os ossos e os posicionaram em ordem. Tudo estava sendo registrado por Dionizio.
O corpo formado, com certeza, não era humano.
O formato do crânio. Ossos de costela. O tipo de ossos das pernas e dos braços. Nada era humano. Somente o desenho era semelhante.
¾    Doutor Mateus. Essa é sua área? Que me diz?
¾    Não seria o esqueleto de um humano normal. No máximo de alguém com muitos tipos de deformidades. Mas o crânio, por si só, já rejeita esta teoria. Não era humano.
¾    O major Reginaldo mandou alguém para cá?
¾    Sim, Daniel.
¾    Entre em contato novamente. Quero que mande uma pequena nave para recolher os destroços. E alguns planadores para aprofundar as pesquisas aqui nesta área.
¾    Entendo. Se esta enterrado. Alguém enterrou.
¾    E também escreveu esta mensagem, ou seja lá o que for isto.
¾    Dionizio. Transmita estas inscrições para a nave e mande que esta transmita ao Gigante. Quero a interpretação o mais rápido possível.
¾    Por que será que os nativos pegaram pedaços pequenos de fragmentos da nave e não levaram os grandes?
¾    Eu acredito, Déca. Que eles nem encontraram este lugar. Ou não restaria nada aqui. Eles encontraram pedaços que se soltaram na queda e pouso forçado.
¾    Será que o piloto morreu ou foi ele que sobreviveu. Se sobreviveu será que foi ele a transmitir o vírus mortal que dizimou a população do planeta emergente?
¾    Logo saberemos. Se encontramos este, encontraremos o outro.
¾    O major Reginaldo esta ai em pessoa. Trouxe a nave. Esta descendo. Trás alguns robôs técnicos com ele.
¾    Obrigado Dionizio.
¾    Vou ao seu encontro. Major, fique aqui e transmita o que deverão fazer.
¾    Certo, Daniel. Ele já esta descendo é melhor espera-lo aqui. Veja.
O major Reginaldo entra pela parte da caverna que sai ate a superfície do planeta.
¾    Daniel. Estou aqui, e trouxe a nave e robôs de pesquisa.
¾    Certo. Mande retirar daqui com cuidado. Os destroços, o esqueleto. E também que continuem a vasculhar as cavernas. Se tiver uma agulha perdida, eu a quero. É importante. Se tiverem inscrições nas paredes. Quero que as filme e transmita imediatamente a nave.
¾    Será feito. Ficarei aqui para garantir o cumprimento de suas ordens.
¾    Estamos indo. E as escavações? Deram em algo?
¾    Sim. Mas elas continuam em andamento.
¾    O que descobriram?
¾    As pequenas ruinas estão sobre grandes ruinas.
¾    E?
¾    Os arqueólogos querem permanecer aqui no planeta ate descobrirem as origens das construções. Falarão contigo pessoalmente.
¾    Falarei com eles. Preciso ir. Mantenha-me informado.
¾    Certo. Mais alguma ordem?
¾    Não. Estou indo. Déca. Quer permanecer aqui no planeta?
¾    Quero Daniel. Mas irei contigo e trarei a nave de volta.
¾    Se quiser, pode ficar aqui. Eu mandarei esta e mais algumas naves de guerra e pesquisa para você.
¾    Então esta bem. Esperarei aqui. Quando parte?
¾    Hoje a noite. Nos falaremos antes de eu partir. Te espero no acampamento dos arqueólogos ou na nave.
¾    Certo. Ate mais.
Daniel entra no planador e sai. Tem pressa de falar com os arqueólogos.
¾    Daniel. Ainda não é hora de se preocupar. Vamos esperar a analise feita pelo Gigante.
¾    Tem muitas coisas em jogo. Depois eu explico.
Daniel chega ao acampamento.
Os arqueólogos o estão esperando.
¾    Senhor. Temos novidades.
¾    Sim, podem falar.
¾    Em baixo destas
¾     Ruinas existem outras. Porem muito maiores.
¾    Já descobriram algo que possibilite analise?
¾    Pouca coisa. Encontramos cacos de cerâmica. Desenhos primitivos em rochas. Mas ainda é cedo para conclusões. Foram poucas horas de escavações ainda.
¾    O que o Jean Karl disse é correto. Ainda temos muito trabalho pela frente, senhor Daniel. Queremos permanecer aqui neste planeta ate acabarmos as escavações. Pode ser?
¾    Se esta é sua vontade, podem ficar, claro. Deixarei uma grande guarnição aqui. Senhor Pietro. Me mantenham informado. O Marechal Deca ira permanecer no sistema e instalar uma base provisória, mas que provavelmente se tornará definitiva.
¾    Obrigado. Estes robôs que o senhor pôs a nossa disposição são surpreendentes. E os robôs de combate podem erguer pesos enormes.
¾    É verdade, Jean. Mas tem algo mais que posso lhes oferecer. Se quiserem, um dos dois pode utilizar um exoesqueleto. Ele lhe aumenta a força, permite voos, com alguns ajustes e assessórios pode aumentar o grau de visão. Não precisarão de lupas.
¾    O que acha Pietro? Acredito que vai aumentar ainda mais a eficiência de nossos trabalhos. E você?
¾    Eu também, Jean. Desejamos o equipamento sim, senhor Daniel. Pode pedir para que mandem da Base da Montanha, onde estávamos alojados, nossas bagagens? Precisamos delas aqui.
¾    Farei isto. E  suas famílias, que querem que eu lhes diga?
¾    Diga que estamos num trabalho de arqueologia. Eles estão acostumados.
¾    Filmem as cerâmicas e os desenhos. Mandem tudo para a Base.
¾    Será feito.
¾    Agora, senhor, permita-nos voltar ao trabalho.
¾    Só mais uma coisa. Se encontrarem esqueletos. Ou os registros sobre o porquê da extinção do povo daqui. Isto tem primazia sobre tudo. E, também algum registro sobre um ser de outro mundo caído aqui.
¾    Um alienígena aqui?
¾    Sim. Já encontramos os destroços de seu caça espacial.
¾    Então muitas de suas suspeitas podem ter base real.
¾    Agora, começam a ter. Conto com vocês. Se precisarem mais pessoas, mesmo arqueólogos, peçam.
¾    Senhor. Se possível, entre em contato com a universidade Federal de arqueologia. Use nossos nomes. Se eles se interessarem em mandar estagiários ou ate mesmo arqueólogos professores para cá. Isto seria útil. Aqui vai virar um grande campo de pesquisas.
¾    Farei isto sim. Ate breve.
Daniel se afasta. Entra em seu planador e segue para a nave.
Sua cabeça esta a mil por hora.
Chega a nave e entra em contato com o Gigante.
¾    Alo amigo.
¾    Fale Daniel.
¾    Vou deixar uma equipe aqui e vou voltar para a base. Mande que uma Estação Espacial envie um contingente de naves de combate e de pesquisa para cá. Estamos lhe enviando os filmes e fotos das descobertas daqui.
¾    Estou aguardando. Assim que chegar aqui já devo ter alguns resultados.
¾    Assim espero. Não vou esperar as naves. Já as mande orientadas. O Déca. Vai ficar aqui e desenvolver a organização de tudo.
¾    Certo. Estou interessado principalmente no esqueleto do alienígena, os registros da parede, e se puderem salvar algo dos arquivos do computador de bordo do caça.
¾    Será tudo enviado para ti. Me aguarde, estou chegando. Tchau.
¾    Estou no aguardo. Desligo.
Daniel reuniu as equipes. Pediu os relatórios. Havia pouco a acrescentar.
Reginaldo já havia retirado os destroços do caça e estava de volta.   
Estabeleceu metas a equipe que iria permanecer.
¾    Quem mais gostaria de permanecer aqui? O marechal Deca, o major Reginaldo e os arqueólogos ficarão. Algumas naves de combate robotizadas e de pesquisa também robotizadas estão a caminho para este sistema. Aqui será erguida uma grande base.
¾    Senhor Daniel. Eu gostaria de ficar para servir de medico da nova base.
¾    Fara falta no Hospital da Humanidade, doutor Maciel, mas se quer ficar, fique. Precisarão do senhor aqui também.
¾    Eu também quero ficar.
Esse era um químico recém chegado a equipe. Seu nome era Pedro Martins.
¾    Eu também ficarei.
Este era a bióloga e botânica Marcella Kardennati.
Acresceram-se a lista mais 15 nomes. Estavam desejosos de lançar amarras neste novo solo. Ali estaria um dos futuros da população do planeta Terra. E eles fariam parte da historia.
Iniciava-se a colonização do planeta Danny.
Daniel precisava voltar a Terra. Então tratou de estabelecer as regras do jogo. Cadeia hierárquica.
Marechal Déca. Estaria no comando enquanto permanecesse no planeta e ate a efetivação da base.
Major Reginaldo. Diretamente ligado ao Déca. Segundo em comando. Organizador e distribuidor das tarefas do grupo.
A cada um dos que ficariam no planeta Danny caberia uma função.
Os arqueólogos continuariam as escavações e registros documentários.
A bióloga e botânica, estaria a analisar os componentes do solo, flora e fauna local. Se as plantas e animais do planeta serviriam para consumo humano. E se não havia riscos de contaminação ou envenenamento.
O químico estaria auxiliando a bióloga nas analises.
Estando também os demais alistados organizados.
¾    Obrigado a todos vocês. Sem a sua ajuda seria impossível este empreendimento. Logo trarei noticias da mãe Terra.
¾    Daniel, quando vai partir?
¾    Logo Déca. Mas assim que inaugurar o Hospital da Humanidade, trato de voltar para cá. Talvez eu traga mamãe e papai também.
¾    Traga. E passe em casa se puder. Veja como as coisas andam por lá. Por favor.
¾    Farei isto. Te devo esta. Assim que for possível passe uns dias em casa de seus pais. Eles ficarão contentes.
¾    Depois penso nisto. Mas va lá e me mande nots.
¾    Onde esta a Mi? Viu ela por ai?
¾    Vi sim, Danny. Ela estava tentando pegar um filhotinho de um animal que ela encontrou perdido por aqui.
¾    Ela pode se ferir. Por que a deixou?
¾    Não vai se ferir não. A Margareth e o Pingo estão com ela. Se for preciso eles intervém.  Descanse.
¾    Obrigado Déca. Não sei o que faria sem sua ajuda. É muita coisa para fazer.
¾    Conte comigo. Meu amigo. Ate rimou. Rsrsrsrkkkkk.
¾    Palhaço... Reginaldo, os destroços do caça já foram embarcados?
¾    Sim, senhor. Estão bem organizados no compartimento de carga.
¾    Obrigado Reginaldo.
¾    Danny. Veja. A Mi conseguiu pegar o bichinho.
¾    Ah, não. Ela não vai levar esta coisa com a gente.
¾    Tente dizer isto a ela.
Mirian estava trazendo um filhote de um animal exótico sem igual.
A aparência seria de um filhote de um carnívoro que em bandos cercou um bando de vegetarianos que pastavam mais ao norte quando da chegada de Daniel. Eles eram velozes, vorazes e espertos na caçada.
Mas este filhotinho talvez pudesse ser domesticado. Mas teria de passar por uma gama de testes para saber se não traria doenças a ninguém...
A espécie chegava de longe a parecer um tipo de urso. Mas a parte traseira lembrava um grande leopardo. Porem a força, destreza e tudo mais deixariam um urso e mesmo um leopardo em muita desvantagem.
¾    Danny. Posso ficar com ele. É tão fofinho?
¾    Não, Mi. E se tiver doenças?
¾    A gente trata. Eu quero. Na base ponho ele em isolamento ate ser seguro. Margareth cuida dele. Deixa, vá.
¾    Mi, é perigoso. Não sabemos nada a respeito deles ainda.
¾    A gente domestica e descobre.
¾    Esta bem, Mi. Mas é responsabilidade tua. Vamos partir logo.
¾    Obrigada, Danny. Margareth, vai guarda-lo numa caixa, agora mesmo.
¾    Sim, senhora.
Margareth, a robozinha de Mirian, se retira com o filhote de urso leopardo. E assim começaria a domesticação da fauna do planeta Danny. 
¾    Déca. Mande chamar aqui de volta a bióloga e botânica - Marcella Kardenna. Tenho uma instrução.
¾    Ok. Daniel. Pingo procure a doutora para mim por favor.
¾    Sim senhor.
Pingo sai e 5 minutos depois já esta de volta.
¾    Ela já esta a caminho.
¾    Que rápido, amigo.
¾    Danny. Ela esta aqui já.
¾    Doutora Marcela.
¾    Estou aqui, senhor Daniel.
¾    As naves estão chegando. Vou por uma nave de pesquisa. A quantidade que a senhora achar necessário de robôs técnicos. O químico. E oque mais desejar. A tua disposição. Transforme tudo em um grande laboratório.
¾    Excelente. É uma honra ver a importância do meu trabalho reconhecido. Obrigada. Não vou decepciona-lo.
¾    Déca e Reginaldo priorizem as pesquisas ao lado da arqueologia, por favor. Não meçam esforços. Se precisar ou mesmo desejarem, podem pedir ao coordenador de uma base espacial para lhes enviar mais aparato.
¾    Faremos isto Danny, descanse.
Assim decorreu aquele dia.
As naves enviadas de plutão chegaram. O Gigante as enviara.
Daniel partiu com uma parte da equipe e outra ficou.
Daniel não sabia que os estava pondo em risco de vida.





CAPITULO IX
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Hospital da Humanidade Cap. 9 b.

As Historias de Daniel B. Vol 3. Hospital da Humanidade. cap 2.

As Historias de Daniel B. Vol.2 cap. 10