Bombeiros de Elite cap. 7-8
Se voce esta conhecendo agora sugiro ler os capitulos anteriores para entender a historia.
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Bombeiros de Elite. Cap. 7-8
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Bombeiros de Elite. Cap. 7-8
CAPITULO VII
O capitão
Nascimento. Ou, capitão Edwardo Mascarenhas Nascimento, mais propriamente dito.
Acordou cedo e como todos os dias se preparou para o desjejum. Mas a reunião
com Daniel não lhe saia da cabeça.
¾
O que será que aquele homem quer comigo? Não sei
nem se é homem, mulher, criança, velho, sei lá o que...
¾
Calma querido. Logo vai ficar sabendo. Você
vivia falando sobre ele e tudo que tinha feito para ajuda-lo naquele deslize.
¾
É, mas agora é real. Ele me convidou para uma
conversa e por que eu?
¾
Porque ele viu algo de maravilhoso, fantástico e
heroico, em você que só eu conhecia até agora.
¾
Sem brincadeira... bem, agora tenho de ir.
Esteja orando por mim.
¾
Nunca deixo de orar por ti.
Edwardo da um
beijo em sua esposa Regina e sai em rumo ao quartel onde trabalha.
Este dia promete
coisas grandes.
Já avisara o
major que teria de se ausentar para resolver um problema, por sua ficha
exemplar tinha essa liberdade.
Passou pelo
quartel dos bombeiros assinou alguns papeis importantes e avisou de sua saída e
que não estaria de serviço neste dia. E nem de sobreaviso.
¾
O senhor é que manda capitão. Va tranquilo. Nós
damos conta. Fomos muito bem treinados pelo senhor.
¾
Eu sei, tenente Furlan. Só vou sair por que sei
que o quartel esta em boas mãos.
Dizendo estas
palavras saiu.
Ligou para Seu
Luis B. Ia marcar um ponto de encontro próximo ao quartel mas mudou de ideia e
marcou no próprio quartel.
¾
No quartel? Tem certeza?
¾
Absoluta.
¾
Tem algum lugar para pousar meu planador?
¾
No centro tem uma quadra esportiva. Pouse nela.
Vou avisar a guarnição.
¾
Esta acertado. Até breve.
¾
Até.
O capitão foi a
guarnição de segurança e avisou a chegada de um planador que desceria na quadra
esportiva.
¾
O senhor vai sair no planador?
¾
Sim. Vou ter uma reunião.
¾
Esta certo. Eles podem descer.
A noticia correu
de boca em boca e na chegada do planador todo o quartel estava curioso para ver
quem desceria dele. Mas ninguém desceu. Somente um robô de combate.
¾
Seja bem vindo.
¾
Porque o Seu Luis não desce?
¾
Ele quer evitar alvoroço.
¾
Mais alvoroço causa um robô de combate, não
acha?
¾
Depende o ponto de vista. Pode embarcar.
¾
Bom dia capitão.
¾
Bom-dia Seu Luis. Podia ter descido.
¾
Logo entenderá meus motivos.
¾
E a pessoa que quer falar comigo?
¾
Meu filho.
¾
Ah. Então o líder daquela equipe é seu filho.
¾
Eu te levarei até ele.
¾
Sabe o que ele quer comigo? Sou um homem muito
ocupado.
¾
Sei. Mais ou menos. Mas vai valer a pena.
¾
Espero. Meus homens ficaram surpresos ao verem
quem estava descendo do planador. É algo que chama muita atenção.
¾
Logo vai ser corriqueiro. Depende de que os
homens aceitem ajuda de alguém que não quer nada em troca. É estranho, não?
¾
É difícil de entender. Todos querem alguma coisa
em troca de favores.
¾
Nós não. Queremos ajudar a humanidade a subir
mais um degrau na evolução.
¾
Quanta pretensão. Podem cumprir com o que
oferecem?
¾
Já nos viu em ação. Que acha? Podemos?
¾
Acho que sim.
¾
Estamos chegando.
¾
Mas estamos sobre o mar?
¾
Sim. É uma de nossas entradas. Descendo.
¾
Vou ficar quieto para não dizer besteira.
¾
O planador pode submergir até o fundo das fossas
Marianas sem problemas.
¾
Como disse, vou ficar quieto para não dizer besteira.
O planador
submergiu e navegou até algo parecido com uma caverna. Porem era apenas a
entrada de uma comporta. Ao adentrar as portas externas se fecharam a agua
abaixou e o planador prosseguiu viagem.
O capitão Edwardo
estava cada vez mais espantado. Comentou.
¾
Se alguém me disse-se que isto aqui existe eu ia
rir.
¾
Ainda não é para se admirar. Comportas são coisa
comum aqui na Terra.
¾
Por que se referem a homens. Humanidade. Terra.
Parece até que não são daqui?
¾
Logo Daniel vai tirar todas as suas duvidas e
responder todas as suas perguntas.
¾
Daniel. Seu filho?
¾
Sim. Meu filho. Um jovem rapaz que acaba de
completar 18 anos. Uma criança ainda.
¾
Porem detentor de um imenso poder como posso
ver.
¾
Sim.
Desceram do
planador e foram recebidos por um robô técnico do antigo modelo de Dionizio.
¾
Bem vindos a Base1. O Coordenador lhes da as
boas vindas capitão Edwardo.
¾
Obrigado. Você flutua no ar?
¾
Apenas anulo a força gravitacional. É fácil. É
melhor do que andar. Sigam-me. O Coordenador lhes aguarda.
¾
É o Daniel?
¾
Não. Meu filho o esta esperando em outro lugar.
Vamos.
O capitão Edwardo
seguiu o robô e foi seguido pelo pai de Daniel.
A cada corredor
ficava mais estarrecido. Robôs técnicos passavam de um lado a outro nas salas
por onde passavam. Ele só podia ver através dos vidros nas portas.
Maquinas enormes
que nem de longe ele saberia dizer para o que servia.
Chegaram a sala
de comando.
Foram recebidos
por uma voz forte e metálica.
¾
Seja bem vindo capitão Edwardo. Bom dia Senhor Luis.
¾
Estou confuso. Não era para conversar com
Daniel?
¾
Meu senhor o aguarda. Antes era necessário
passar por aqui. Sem isso ninguém penetra nesta Base. Já gravei seus impulsos
mentais. Agora posso permitir que visite o Daniel. Podem ir. Só ele poderá
responder suas perguntas. Mas se aceitar o que lhe será proposto. Teremos muito
a conversar.
¾
Proposto?
¾
Sim. Va. Logo saberá por que esta aqui.
¾
Venha comigo capitão. Falará com Daniel agora
mesmo.
¾
Onde ele esta?
¾
Venha. Vou conduzi-lo.
Foram até a sala
dos teletransportes.
Seu Luis pediu
que o capitão se posicionasse ao seu lado para subirem até onde Daniel estava.
O capitão atendeu e acreditava estar em um elevador.
Seu Luis acionou
a chave da maquina e tudo sumiu.
Ao abrir os
olhos o capitão Edwardo estava frente a frente com Daniel e Dionizio.
Levou alguns
segundos para tentar entender o que havia acontecido. Mas Daniel interrompeu o
raciocínio antes.
¾
Seja bem vindo capitão. Estou feliz de revelo.
¾
Eu também. Mas, onde estamos? Tudo ficou escuro.
E de repente você aqui? Aqui, onde?
¾
Meu pai não te disse que te traria a minha
presença?
¾
Sim, mas ele me pôs num elevador e disse que
iriamos subir. Subir onde estamos?
¾
Papai?
¾
Eu disse que íamos subir até onde você estava
mas não disse onde. Eu esqueci de mencionar, capitão, que Edwardo estava na lua
terrestre.
¾
Onde? Na lua? Estão brincando comigo? Já disse
que sou um homem ocupado...
¾
Capitão. O senhor esta na lua terrestre. Como eu
estava aqui, papai preferiu te trazer até aqui. Mas não vamos nos ater a
detalhes. Vamos andando.
¾
Na lua? Não posso crer.
¾
Venha.
¾
Onde?
¾
Vou a sala de controle desta Base. O Coordenador
quer lhe conhecer.
¾
Já o conheci. Ele disse que queria gravar alguma
coisa.
¾
Ele gravou seus impulsos mentais.
¾
Isso mesmo.
¾
Mas estamos em outra Base. A Base Lunar. Então é
outro Coordenador.
¾
Vai continuar com essa brincadeira?
¾
Vou. Venha.
Foram até a sala
de controle. Era bem diferente da que o capitão havia conhecido.
E os corredores
também eram diferentes.
Ele, um oficial
do corpo de bombeiros sabia gravar detalhes e caminhos. Mas tudo era diferente.
Chegaram.
¾
Seja bem vindo capitão Edwardo. Sou o
Coordenador da Base Lunar. Estou satisfeito em conhecê-lo.
¾
Então é verdade. Estamos em outro lugar. Mas na
lua?
¾
Sim. Na lua. No subsolo lunar.
¾
Podem provar isto?
¾
Posso. Quer ver uma tela de imagem ou quer ir
passear lá fora?
¾
Lá fora? Sim. Quero ir lá fora.
¾
Coordenador. Prepare uma pequena excursão para
três.
¾
Será feito.
¾
Capitão quer ir de planador ou a pé com traje
espacial. Igual aquele que eu estive usando quando nos conhecemos?
¾
Vamos de traje espacial. Quero evitar truques de
imagem.
¾
Dionizio prepare um traje para o capitão.
¾
Imediatamente.
Dionizio levou o
capitão até uma sala de armazenamento de material e proporcionou-lhe o devido traje. Explicou
rapidamente seu uso e como controlar os níveis de oxigênio. O resto mostraria
na pratica e estaria sempre ao seu lado para ajuda-lo.
Foram á comporta
onde já estavam sendo esperados por Daniel e seu pai.
Posicionaram-se
na sala de saída e as portas fecharam atrás deles. O ar foi expulso e a porta
dianteira externa abriu-se.
¾
Eis a lua.
¾
Cuidado. Cada passo deve ser dado de vagar. Ou
poderá te lançar ao espaço.
¾
Ainda não estou bem convencido. Mas vamos
continuar.
¾
Dionizio vá perto do capitão.
¾
Mas ele esta sem traje. Se estivéssemos na lua
ele já estaria morto. Não falei que era invencionice.
¾
Dionizio não pode morrer. E nem precisa de
oxigênio para viver. Nem na Terra nem em planeta algum.
¾
Como não?
¾
Sou um robô técnico adaptado a forma humana e
sou o acompanhante de Daniel.
¾
Um robô? Não posso crer.
¾
Vamos andando. Não se afaste de nós. E se sentir
falta de ar avise imediatamente. Espere. Vou por seu controle de temperatura
para a temperatura e pressão terrenas.
¾
Obrigado.
Saíram
caminhando. O capitão estava extasiado. Rodopiava. Dava cambalhotas. Pulava.
¾
Incrível. Isto é demais...
¾
Venha capitão. Vou conduzi-lo por um voo pela
lua.
¾
Voo?
¾
Dionizio acompanhe-o de perto.
“Brincaram” até
dizer chega e voltaram a Base. O capitão já não sabia mais o que dizer. Agora
era só esperar pelo que Daniel iria lhe falar.
Afinal tinham
lhe trazido por algum motivo e não era o de brincar na lua.
¾
Agora, nós, capitão.
¾
Sim. Agora nós. O que tem em mente ao me
convidar para este encontro?
¾
O senhor viu naqueles dias em que passamos
juntos, o potencial de meus amigos e da tecnologia de que disponho.
¾
Sim.
¾
O senhor pode imaginar o quanto seria útil e o
quanto uma equipe permanente de bombeiros, bem treinados e com esta tecnologia
a sua inteira disposição, poderia fazer. Quantas vidas salvas, incêndios,
terremotos, maremotos, panes em autos, navios e até mesmo em aviões. Tudo
resolvido em instantes e sem risco a vida de seus homens.
¾
Seria incrível mesmo. Mas eu não tenho esta
tecnologia a minha disposição. Só você a tem. Como a conseguiu eu não sei.
¾
Nem saberá ainda. Mas eu gostaria de saber se
gostaria de fazer parte disto tudo?
¾
Como assim? Eu não entendi.
¾
Quero saber se gostaria de trabalhar conosco.
Preciso de homens de confiança, honrados, dignos, com amor ao próximo. Homens
que dariam suas vidas em prol do bem estar e progresso da humanidade. E que
conheçam outros iguais a eles que estariam dispostos a formar um grupo de
”Bombeiros de Elite” capacitados a resolver qualquer problema. Homens com
exoesqueletos que lhes permite erguer toneladas sem esforço. Com robôs técnicos
e de combate ao seu lado.
¾
Bem. Eu não sei o que dizer. E se estiver
disposto? Qual a proposta?
¾
Eu lhe proponho um treinamento imediato, para capacita-lo
a dominar tudo de que disponho. Recursos para contratar outros da sua estirpe e
treina-los. Seu esquadrão terá prena liberdade de ação para ajudar oi
município, o Estado a Nação e até mesmo o mundo.
¾
Caramba...
¾
E mais. Terá planadores iguais e até maiores que
aqueles que viu. Poderá até mesmo ter uma pequena nave para ajudar a completar
o seu equipamento.
¾
Quero. Quer dizer, aceito. O que tenho de fazer?
¾
Já fez. Já esta na equipe. Bem vindo. Eu, meu
pai e minha mãe administramos o grupo todo. Mas o seu grupo se reportará a ti
somente e a mim.
¾
Aceito. Mas preciso me desvincular do meu
trabalho?
¾
Creio que sim. Como militar tudo de que
conhecesse , teria de reportar a seus superiores. Mas não se preocupe. Meu pai
lhe fornecerá toda infra estrutura de que necessitar.
¾
Quero começar o treinamento agora mesmo.
¾
Ótimo. Tem mais algum nome em vista para que
você o contate?
¾
Tenho. Quero o tenente Furlan comigo se ele
aceitar é claro, mas com certeza ele estará dentro.
¾
É só telefonar para ele.
¾
Papai, leve o capitão a Terra. Mande que o
Gigante lhe treine e que lhe prepare um robô de combate auxiliar para que
esteja constantemente ao lado dele. Quando ele quiser é claro.
¾
Você não vai a Terra?
¾
Não. Vou a Base de Plutão. E de lá quero ir a
uma Base Sideral.
¾
Sozinho?
¾
Sim.
¾
Base Sideral? Base em Plutão? Que mais tem
escondido ai na manga?
¾
Você saberá gradativamente. Vou mandar que lhe
desenhem um uniforme com as insígnias militares. Assim quando você for formando
seu esquadrão ele terá as patentes devidas. Ok?
¾
Concordo. Qual será a minha? Capitão?
¾
Não. Comece como major. Assim poderá preencher
as lacunas de acordo com sua vontade.
¾
Obrigado. E dinheiro para todas estas coisas.
Para oferecer salario para meus contatos sustentarem suas famílias?
¾
Papai lhe fornecerá. Mas se alguém quiser morar
em alguma Base com sua família, será bem vindo. E toda a família poderá ser
treinada.
¾
Ainda lhe contarei sobre um plano para breve,
mas ele ainda esta meio cru. Logo que tiver forma lhe chamo e vou lhe informar
sobre ele.
¾
Já imagino que será mirabolante.
Despedira-se, o
Major Edwardo saiu com Seu Luis e voltaram a Terra. Daniel foi a Plutão.
¾
Seu Luis. De onde veio tudo isto? Quem são
vocês?
¾
Ainda é cedo para saber. Quando a tecnologia for
entregue em suas mãos. Lhe responderei. Mas somente o senhor saberá. Por
enquanto. Logo o mundo todo poderá saber de tudo.
¾
Esta certo. Mas ... se é para o bem da
humanidade, realmente estou dentro. Mas vocês são humanos, não são?
¾
Somos. Fique tranquilo. Logo estará sabendo de
tudo.
Foram á sala do
Gigante.
¾
Gigante, Daniel pediu que comece o treinamento
com o Major Edwardo. Queremos que a equipe que ele vai montar seja separada por
patentes. Crie os logotipos e diferenciais de patente, por favor.
¾
Será feito. Pode deixa-lo aqui comigo.
¾
Não. Eu levarei o major até a sala de treino.
Mas prepare para ele um robô de combate e um técnico para que lhe prestem
suporte a parir dai.
¾
Será feito. Podem ir então. Dois robôs estarão lá
em breve. A câmara de treino esta operante. O senhor também tem uma seção de
treino especial para concluir. O Deca já esta na maquina.
¾
Irei junto com o major. Assim que o colocar na
câmara eu também iniciarei o meu treino.
¾
O treino do major será de domínio parcial da
nossa tecnologia, planadores, pequenas naves, tácticas militares. Controles de
exoesqueletos. E alguns conceitos prioritários. Como será o líder da nova
equipe. Será treinado em todas as línguas do planeta Terra.
¾
Caramba. E quantos anos levará isto?
¾
6 horas terrestres.
¾
6 horas. Não creio...
¾
Eu não minto.
¾
Desculpe, não quis dizer isto. É uma expressão.
¾
Eu entendo. Vão. O treino já esta programado.
Saíram e foram
conversando até a sala de treinamento hipnótico.
¾
Já fez isto antes?
¾
Sim. Varias vezes fique tranquilo.
¾
Confio no senhor. Sei que não querem o meu mau.
¾
Obrigado. Sente-se e descanse. Vai dormir o
tempo todo.
¾
Dormir?
¾
Sim. Mas logo saberá manejar tudo que dispomos.
¾
Caramba.
O major Edwardo
foi conectado a cadeira de hypno treino. Dormiu.
Seu Luis também
sentou-se e iniciou o seu treino. Dormiu. Não viram os robôs chegarem.
O primeiro a
acordar do hipno treinamento foi Deca.
Viu os dois ao
lado conectados as poltronas de treino, viu os robôs e saiu em silencio. Não se
sentia muito bem, mas já estava acostumado a esta situação. Sabia que logo
sessaria. O celebro teria de se acostumar ás novas informações ali adicionadas
artificialmente.
Foi para seus
aposentos. Ao chegar lá, adormeceu. Mas seriam poucos minutos logo estaria bem
de novo.
Daniel fora a Plutão.
Soube pelo Gigante que uma nave da Base Espacial Sideral lII encontrara fora de
nosso Sistema um astro morto que talvez servisse aos interesses da criação da Estação
Espacial Gigante.
Com esta
informação seguiu para Plutão e de lá para a Estação para pegar a nave que o
levaria ao local do astro.
Ao chegar ao
astro, como já sabia de antemão através do Gigante, confirmou que não era
nenhum asteroide ou cometa. Neste caso normalmente seria todo torto e
irregular.
Mas este, com
toda á certeza, era uma lua que
desgarrara de seu planeta. Ela era redonda. Sem atmosfera. Pelas analises já
realizadas, composta de elementos pesados.
Este astro morto
era perfeito.
Desceu a
superfície juntamente com Dionizio.
¾
Veja meu amigo, o que acha?
¾
Já tinha lhe falado que encontraríamos um assim.
¾
Ele tem 110 km de diâmetro. É exatamente como eu
o imaginei.
¾
Esta satisfeito?
¾
Sim. Mais que satisfeito. Entre em contato com o
Gigante.
¾
Não posso. Esta muito longe. Mas mandarei o
celebro da nave entrar em contato com ele e servir de estação intermediaria. O
que deseja?
¾
Quero saber quando ele dará inicio as operações
de modificação da superfície do astro.
¾
Mas isto eu já sei. Ele já esta reunindo as
forças de todas as Bases e Estações para este empreendimento.
¾
Diga-lhe que quero estar a par de tudo.
¾
Assim será.
¾
Traga um robô de combate e vamos explorar o
Sandra.
¾
Por que Sandra?
¾
Será o nome da Base.
¾
Entendi. Os robôs estão vindo. Chamei 10. Eles
não estão fazendo nada mesmo.
¾
Engraçadinho. Mas tudo bem. Procure alguma
entrada ou caverna para o interior do astro.
¾
Vou mandar que eles se espalhem e procurem
também.
¾
Certo.
Os robôs de combate
se espalharam pela antiga lua e foram procurar alguma caverna.
Em menos de meia
hora três robôs mandaram aviso de que
localizaram cavernas.
Daniel mandou
entrarem e ver qual era a mais profunda.
Assim em pouco
tempo estava de posse da informação de uma caverna de grande profundidade. O
robô mandou um raio vetor e todos se reuniram nesta caverna.
¾
Dionizio vamos entrar. O robô vai na frente para
limpar a área.
¾
Eles já desceram.
Daniel e
Dionizio entraram e foram prestando atenção no tipo de constituição da caverna.
¾
Que material é este Dionizio?
¾
Terá de ser analisado no laboratório da nave.
¾
Parece um tipo de cristal.
¾
Sim. Na Terra seria de alto valor financeiro.
¾
Isto me deu uma ideia.
¾
Qual?
¾
Vou mandar analisar e de acordo com a
composição. Vou extrair e comercializar na Terra.
¾
É verdade. Você precisa de recursos financeiros
para financiar seus projetos.
¾
Mande vir alguns robôs técnicos e que recolham
amostras.
¾
Já mandei. Estão vindo.
¾
Os robôs de combate já chegaram ao fim da
caverna. Ela realmente é bem profunda.
¾
Quanto?
¾
Entre os tuneis intermediários há varias
alternativas. Uma delas chega a trinta e cinco quilômetros e linhas não
diretas. O robô teve de forçar a passagem em alguns lugares.
¾
Mas agora que ele já passou nós passamos com
facilidade.
¾
Vamos.
Foram andando em
um declive suave. Ás vezes mais acentuado, mas em media leve.
Chegaram a um
local que descia em uma cratera. Ganharam com isto uma boa descida e avançaram
o percurso.
Havia muita
coisa interessante a ver. As combinações de elementos eram majestosas. Porem
sobrepunha-se o estranho mineral.
Muito tempo
depois. Alcançaram os robôs de combate. Estes poderiam abrir caminho a força.
Mas desperdiçariam uma grande quantidade de material comercializável. Então Daniel mandou que todos
voltassem a superfície.
Os robôs
mineradores já estavam recolhendo as amostras de minérios a serem analisadas.
¾
Vamos embora Dionizio. Já estou satisfeito. Já
descobrimos uma fonte de renda bem lucrativa para incrementar o avanço do nosso
projeto.
¾
Mas e o plano de transformar esta lua numa base?
¾
Não muda em nada. Tudo o que retirarmos daqui
transportaremos a Terra e a empresa de papai comercializa.
¾
Enquanto isto as maquinas vão aplainando a
superfície.
¾
Vamos embora. Quero falar com o Major Edwardo
antes do dia acabar.
¾
A nave pode ir direto a Terra. Mas será impossível chegar lá antes do dia
acabar. Já acabou.
¾
Mande um recado através da nave ao Gigante. Se
for possível que ele durma na Base. Amanhã cedo conversaremos. Caso contrario, que ele volte amanhã cedo.
Vamos embora.
¾
Vamos até lá perto e depois pegamos um jato, que
acha?
¾
É mais rápido ir até a Estação e de lá teleportar
a Base da Montanha.
¾
Então vamos.
¾
Dionizio você gosta mais desta forma atual ou da
que você tinha antes?
¾
Esta me da um diferencial, eu gosto.
¾
Ótimo. Quero que você aprimore o conceito de amizade. Te considero meu
amigo.
¾
Como a Mirian e o Deca?
¾
Neste estilo. Se bem que com a Mi o negocio é
diferente. Eu a amo profundamente.
¾
Este conceito já é mais complicado. Já li muitos
livros e estudos na internet de vocês e ainda esta confuso.
¾
Sempre será. Acredite. Ninguém entende esse sentimento.
¾
Então... devo ficar quieto...
¾
Vamos a Terra. Já tomei posse de minha lua.
¾
Agora deixe por conta do Gigante.
Partiram com a
nave e foram e Estação Espacial. De lá se teleportaram a Terra.
Dionizio
anunciou ao Gigante que já estavam na Base.
Foram a sala de
controle.
¾
Gigante, quando o major puder peça que venha até
aqui com papai. Ele ficou na Base?
¾
Sim. Telefonou a esposa e explicou o motivo. E
você? Foi á nova Base? Gostou?
¾
Sim. Pode chama-la de Base Sandra. Tive uma
ideia.
¾
Fale.
¾
Vamos explorar economicamente os minerais
valiosos que compõem a Base. Vai ...
O pai de Daniel
e o major Edwardo entraram. Deca estava com eles.
¾
Que bom que chegaram.
¾
Fez boa e proveitosa viagem?
¾
Sim. Maravilhosa. Encontramos uma lua perdida e
a capturamos.
¾
Como assim? Uma lua perdida? Capturar?
¾
Vou explicar. Nenhum de vocês sabe ainda. Eu
queria um astro morto que tivesse aproximadamente 100 km de diâmetro. Esse
astro será uma futura Base. Nela estará tudo o que o homem sonha.
Laboratórios de todos os tipos. Um
planeta tecnicamente desenvolvido em todos os sentidos e que pode se movimentar
no Espaço. Com armamento e sistema de defesa.
¾
100 km de diâmetro. É demais.
¾
Não é só os 100 km. Ele será uma nave. Será todo
escavado e transformado. Preferi usar um astro para construir uma nave ou
estação gigantesca. Mas futuramente. Pretendo desenvolver estaleiros e
proporcionar a humanidade naves de todos os tipos.
¾
Ótimo. Será maravilhoso.
¾
Mas não é só isso. Vamos explorar economicamente
o Sandra. Retiraremos minérios preciosos e comerciaremos aqui na Terra.
Aumentando o nosso potencial econômico.
¾
Ótimo. O major já ligou para algumas pessoas que
ele acredita serem importantes para nosso projeto e quer arregimenta-los.
¾
E?
¾
Marcaram uma reunião.
¾
Ótimo, para quando?
¾
Amanhã mesmo.
¾
Excelente. Que pretende propor-lhes?
¾
A verdade. Que formaremos uma corporação de
elite. Com uma técnica superior. Equipamentos que aumentam nossa força
inigualavelmente. Planadores. Naves. Robôs. Só a verdade.
¾
Não existe nada mais digno do que a verdade. Que
sejam bem vindos. Mas não esqueça que todos serão vistoriados pelo Gigante.
¾
É, eu sei. Mas ele só quer analisar o caráter da
cada um deles.
¾
Seu uniforme já esta confeccionado. Um robô esta
lhe trazendo para sua aprovação.
¾
Tenho certeza de que será magnifico. Daniel,
você ou seu pai, me disse que qualquer um dos que forem aceitos na equipe, se
quiserem trazer suas famílias para a Base poderiam. Como funcionaria?
¾
É fácil. Aqui você pode ser treinado em qualquer
matéria. Todo o nosso sustento é
produzido aqui mesmo. Nossas roupas são produzidas aqui mesmo. Temos
acomodações nesta Base. Na do Pacifico. Um dia pretendo povoar a Base da Lua e
de Plutão.
¾
Podemos alojar milhares de pessoas. E quando a
Base Sandra ficar pronta. Só nela habitará centenas de milhares de pessoas. E
de preferencia a elite cientifica e intelectual estará entre eles.
¾
É inacreditável. Podemos acabar com a fome. A
falta de moradia.
¾
E sem contar que um dia nossas naves poderão ser
guarnecidas por seres humanos em vez de autômatos.
¾
Major. O senhor é o primeiro que trago para se
unir a minha equipe. Antes só minha família e amigos pessoais. Agora as portas
foram abertas. Se usarmos bom senso. Seremos bem sucedidos.
¾
Obrigado por sua confiança.
¾
Um dia verei sua família entrar por estas
portas.
¾
E eu acredito que eles virão com todo o prazer.
Falarei com eles. Tenho filho e filha casados. E as pessoas com as quais são
casados são maravilhosas. Técnicos e engenheiros. Serão muito uteis aqui. Minha
esposa é medica. Também será muito útil.
¾
Serão todos bem vindos. Vocês serão os
precursores de uma nova geração.
¾
O seu uniforme. Experimente-o.
¾
Vou fazer isto.
¾
Pessoal. A mamãe e a Mi ainda não vieram mas amanhã
seria bom termos uma reunião quando elas retornarem. Mas hoje estamos todos
cansados. Vamos dormir e amanhã a gente se reúne aqui.
¾
Realmente estamos cansados. O treino de hoje foi
exaustivo.
¾
O Deca e o major estiveram conversando sobre
técnicas de artes marciais.
¾
Papai. Os recursos que adquiriremos através do
satélite Sandra vão nos alavancar breve breve. Agora. Cama todos.
¾
Não sei não Daniel. Se vou conseguir pegar no
sono com toda essa gama de informações que tenho recebido.
¾
Você acostuma logo. O senhor tem metas. A primeira
é a reunião com seus amigos. A segunda é conseguir trazer sua família para o
time. A terceira. Como fara com seu posto no Corpo de Bombeiros?
¾
Isso é fácil. Já esquematizei tudo. Em primeiro
lugar peço minhas férias. E quando voltar as coisas já estarão encaixadas. Ai
peço minha dispensa da corporação sem causar danos ao trabalho.
¾
Ótimo.
¾
Então eu e o Dionizio estamos indo dormir. Até amanhã.
¾
Até.
¾
Boa noite pessoal.
Todos se
retirarão para seus aposentos.
No dia seguinte.
Todos se reuniram na sala de controle.
Daniel soube que
sua mãe chegou durante a noite. A Mi ainda não.
Daniel ia
começar a reunião. Mas...
O Gigante se fez
notar. E falou.
¾
Há uma emergência.
¾
Onde e o que é?
¾
Um incêndio em um prédio. Vocês podem ajudar a
debelar o incêndio.
¾
Iremos sim. Major. Sei que ainda falta muita
coisa para terminar seu treinamento. Mas com sua experiência já pode liderar a
equipe nessa missão. Quer?
¾
Agora mesmo. Pelo menos posso experimentar o que
já aprendi. Vai junto?
¾
Não. Meu pai ira com o Deca ajuda-lo. Leve
quantos robôs quiser. Levem três planadores. Coloque o novo uniforme e não se
exponha. Ainda esta vinculado aos militares.
¾
Farei isto. Vamos pessoal. Sua mãe não vai?
¾
Não. Ela vai aguardar a Mi aqui. Se necessário
ira buscá-la.
¾
Esta bem.
¾
Dionizio, vá com eles.
¾
Sim, senhor.
¾
Quero ver os resultados da operação. Não poupem
recursos. Se precisar de mais alguma coisa. Dionizio tem acesso direto ao
comando das Bases.
¾
Já me sinto um super herói dos quadrinhos. Fui.
Deixaram Daniel
a sós e se retiraram rumo ao incêndio em um prédio comercial na cidade vizinha.
Daniel ficou
conversando com Gigante e sua mãe.
¾
O que você acha? Se sairá bem?
¾
Sim. Seu pai e o Deca já estão em fase avançada
de treinamento. Por que não foi com eles?
¾
Se eu fosse, eles se submeteriam a meus
comandos. Quero que se esforcem para tomar as decisões certas sozinhos. Ali é o
campo do Edwardo. Deixe-o liderar.
¾
Esta certo. Veremos o resultado.
¾
Sim. E a Mi?
¾
Ainda não voltou.
¾
Mamãe?
¾
Ela com certeza vai fazer compras. É a paixão
dela.
¾
Para que? Aqui ela tem de tudo.
¾
Você pode ser o Gigante. Mas nunca vai entender
as mulhers.
¾
Não quero entrar neste assunto. Tudo o que
envolve os humanos é complicado. Envolve os sentimentos e emoções.
¾
Ok. Quando o grupo chegar ao local me avise.
¾
Certo.
¾
Gigante qual o processo que vai usar na Base
Sandra?
¾
Sandra? Deu meu nome ao satélite?
¾
Sim, mamãe. Ouça o Gigante.
¾
Você não esta querendo aproveitar economicamente
os recursos do satélite? Então vamos enviar naves mineradoras e recolher tudo o
que existir dentro do satélite Sandra. As amostras que mandou recolher já foram
analisadas. Por acaso um dos minerais ali encontrados poderá facilmente ser
transformado em Borg. O metal que utilizo na construção de nossas naves e
Bases. É o Trinlio.
¾
Poxa. Demos sorte. E qual a porcentagem deste
mineral?
¾
Ainda não sabemos. As analises ainda não foram
concluídas. Mas veja por esse ângulo. Se você os encontrou através de uma
caverna natural. Provavelmente será encontrada uma grande quantidade dele no
satélite.
¾
É, bem provável. Realmente demos sorte. O Borg
necessita de mais quantos elementos para ser produzido?
¾
Somente mais um, o Denser. E o Denser é fácil de
conseguir aqui perto. É um tipo de cristal. Torna o metal mais resistente ao
calor. Mais leve. Resistente a grandes pressões. Enfim. É a liga ideal para
espaçonaves.
¾
Que bom. Esse cristal, temos de ir busca-lo em
outro planeta?
¾
Os criadores encontraram um planeta quase
inteiro desse material . É insustentável a vida. Não tem atmosfera amigável e o
solo é tão duro que não possibilita a formação vegetal.
¾
Ótimo. É perto daqui, quanto?
¾
Cerca de 150 anos luz.
¾
E isso lá é perto.
¾
Sim. Muito perto por sinal. Pense em termos
estelares.
¾
É verdade.
¾
Nosso pessoal chegou ao local do incêndio.
¾
Conecte as câmeras dos planadores e do Dionizio.
Quero ver e analisar as atitudes.
¾
De acordo. Telas prontas. Veja estão descendo
perto.
¾
O major tomou a frente de ir conversar com o
comandante da equipe local. Espero que não se identifique.
No local do
incêndio.
O major Edwardo
se apresenta ao capitão que esta
coordenando a equipe de bombeiros que estão combatendo o incêndio.
¾
Eu estou muito ocupado. Não posso atender
ninguém.
¾
Eu compreendo. Mas estamos aqui para ajudar.
Trago equipes com equipamento que pode adentrar o incêndio. E robôs que podem
voar e recolher pessoas em perigo nas janelas e coberturas. Seu bagiro não esta
alcançando a cobertura. E eu tenho planadores...
¾
Onde esta tudo isto?
¾
Já ajudamos em outros acidentes. O capitão Edwardo
do Corpo de Bombeiros da Policia Militar pode atestar nossa eficiência.
¾
Então entre em ação logo tem gente morrendo.
Major Edwardo
entrou em contato e liberou a equipe para ação.
Os robôs de combate
foram adentrando o edifício para procurar vitimas e sobreviventes.
Os planadores
foram cobrindo o edifício com um gás inofensivo as pessoas mas eficaz contra o
fogo.
O próprio major Edwardo,
antes capitão Edwardo, alçou voo e foi ver in loco a situação. Na cobertura viu
algumas pessoas tentando se proteger do fogo. Deu alerta. Pediu apoio e foi
para o local. Um planador desceu e
recolheu os abrigados. Desceu-os até a rua e os liberou no local que o capitão
dos bombeiros estabelecera sua base de comando.
O Seu Luis desceu
e perguntou ao capitão se havia alguém precisando ser transportado ao hospital.
¾
Sim. Os robôs retiraram algumas pessoas em
péssimo estado e alguns com queimaduras leves e intoxicação por fumaça. Pode
leva-los?
¾
Sim. Tenho dois robôs médicos aqui comigo.
Levarei todos ao hospital mais próximo e volto logo.
¾
Obrigado. Quem é o senhor?
¾
Alguém, só isso.
¾
Esta bem.
¾
Embarque os feridos logo.
¾
Sabe onde fica o hospital?
¾
Pedirei que algum civil me guie.
¾
Não. Pode levar um bombeiro. Os seus robôs e
planadores estão se virando muito bem. Já tenho até homens sobrando. Veja. A
imprensa esta chegando.
¾
Não podemos esperar para dar entrevistas. Cade o
bombeiro?
¾
Cabo Reginaldo. Aqui. Oriente este senhor até o
hospital mais próximo.
¾
Senhor. Vou ter de subir nisto ai.
¾
Sim. Ou o senhor quer ir correndo no chão e
apontando o caminho?
¾
Não, senhor. Desculpe-me. Já estou indo.
¾
Veja se os feridos estão bem acomodados. Espere
tem mais alguns feridos chegando.
¾
Ponham no planador. Rápido.
¾
Podemos ir agora.
O cabo Reginaldo
subiu no planador e sentou-se na cabine de controle.
¾
É por ali.
¾
Segure-se.
¾
Não se preocupe. Nosso motorista nos treina em
equilíbrio todos os dias.
O planador alçou
voo e foi para onde o cabo indicou. Poucos segundos após a decolagem, pousou.
Pessoas se
assustaram. E se afastavam.
¾
Vou pedir
macas.
¾
Faça isso.
O cabo Reginaldo
saiu correndo e voltou logo com vários atendentes que estavam de prontidão.
Traziam cadeiras de rodas e macas.
Ao verem os
robôs ficaram surpresos mas atenderam as ordens do cabo. As pessoas já estavam
sob atendimento.
O robôs
explicaram que as pessoas estavam estáveis mas exigiam maiores cuidados e
descanso.
Um médico mal
educado não gostou.
¾
Quer me ensinar meu trabalho, é? Só faltava
esta. Uma lata velha me orientando.
¾
Não sou nenhuma lata velha. Sou um robô medico
douto em toda a medicina terrena.
O medico nem
ouviu. Já estava longe empurrando uma
maca.
Entregaram os
feridos e voltaram ao local do incêndio. Ao chegar ao local o incêndio já
estava controlado.
Outros
planadores já tinham saído para levar mais feridos.
Os planadores
foram preferidos em vez das ambulâncias por causa da comodidade e velocidade.
Mas os médicos e
enfermeiros foram juntos com os planadores e já aplicavam os cuidados
juntamente com os robôs médicos.
O conhecimento e
técnica dos robôs surpreendia os acompanhantes.
Um médico havia
procurado o capitão Martines dos bombeiros e perguntado sobre estes
equipamentos novos e como adquiri-los para o hospital municipal local.
¾
Doutor. Este equipamento não é do corpo de
bombeiros.
¾
Não? E de quem é então?
¾
Destas pessoas que estão pilotando os
planadores. Parece que o líder da equipe é aquele ali de uniforme diferente.
¾
Vou falar
com ele.
¾
Também vou. As coisas já estão bem calmas aqui.
Foram até o
major Edwardo.
¾
Senhor. Com licença.
¾
Sim. O que desejam?
¾
O capitão Martinez me disse que é o líder desta
equipe que esta auxiliando no combate ao incêndio e recuperação dos feridos?
¾
Sim. E?
¾
Bem. Em primeiro lugar gostaria de agradecer
pela ajuda. Pouparam a vida de muita gente. A velocidade de ação. E de levar os
feridos foi fundamental ao êxito da brigada.
¾
Obrigado. Mas só fiz minha obrigação.
¾
Muitos não diriam isso. Mas o que me traz ao
senhor é saber como adquirir para nosso hospital local equipamentos tão bons?
¾
Ai já é complicado. Este equipamento ainda não
tem preço. Esta em teste. Mas perguntarei a meu superior sobre a possibilidade
de fornecer um robô medico para seu hospital.
¾
Faria isto? Eu nem sei como agradecer...
¾
Ainda não agradeça. Mas o procedimento de nosso
robô em seu hospital poderá servir de teste para a sua aceitação nos outros
hospitais.
¾
Então podem fornecer um para a corporação dos
bombeiros também.
¾
Vou ver
como se procede nestes casos. Os senhores tem de entender que não posso falar
por outros. Estou aqui cumprindo ordens. Logo, logo poderemos oferecer mais
apoio a todos os órgãos oficiais.
¾
Mas como conseguir esse apoio?
¾
Estamos sempre antenados. Mas também vou mandar
abrir um meio de comunicação direto conosco. Se algum hospital precisar
agilidade no transporte de paciente. Transporte de órgãos para transplantes em outro
hospital. Ajuda em incêndios. Terremotos. Acidentes em geral. Até mesmo se um
astronauta ou o laboratório Espacial precisarem de ajuda. Estaremos aqui para
ajuda-los.
¾
Não esta exagerando. Não? Um astronauta,
laboratório espacial?
¾
Temos recursos para ajuda-los. É só pedir.
¾
É tudo que sempre sonhei. As coisas andando bem
e em prol do povo.
¾
Somos altruístas. Estamos reclutando militares,
médicos, engenheiros. Todos os tipos de profissionais serão bem vindos em nossa
equipe.
¾
Mas como estas pessoas farão para manter suas
famílias e a si mesmos?
¾
Temos recursos financeiros para sustentar,
manter, treinar uma gama de pessoas que não estejam atrás de dinheiro mas de
servir a humanidade.
¾
Bonito de falar. Mas vai funcionar?
¾
Posso acomodar. Sustentar e treinar uma media de
100 mil pessoas. É o suficiente para vocês?
¾
Se precisarem de um reles capitão de bombeiros.
E eu puder ser útil. Gostaria de ajudar.
¾
E se precisarem de um casal de médicos, tenho
certeza que minha esposa se sentiria honrada em me acompanhar nesta empreita.
Já fomos médicos missionários na África.
¾
Vou querer o telefone de vocês e entrarei em
contato. Esperem um pouco.
Chamou Dionizio.
¾
Falem para ele o contato de vocês. Ele nunca
esquece.
¾
Memoria fotográfica?
¾
Sim. Mas falem.
Deram seus
contatos e todos se despediram.
Daniel e o
Gigante assistiram a tudo e ficaram satisfeitos. Já começaram até mesmo a
contar com estes reforços.
Assim que os
planadores levantaram voo. O cabo Reginaldo falou com o seu superior.
¾
Nunca vi equipamentos tão excelentes. E aquele
planador. Loucura. Parecia uma nave espacial por dentro. Eu estive na cabine de
controle.
¾
O que você disse? Parecia uma nave espacial?
¾
Sim. Conheço muitos tipos de aviões. E sou
piloto de helicóptero.
¾
Mas por que citou ser parecida com uma nave
espacial. Pode ser uma tecnologia que você ainda não viu.
¾
Não é bem assim. Os aviões e helicópteros tem de
seguir uma certa regra. Para não confundir os pilotos. E estes ai são
totalmente diferentes. E os robôs? Que armas são aquelas. Derretem pisos e
paredes de concreto como se fossem de gelo. E aquele cara que você estava
conversando. Levantou voo sem a mínima. Ele la dentro do prédio levantou uma
parede de cima de um ferido sozinho, isso foi o Mateus quem disse.
¾
Vou pensar no assunto.
¾
Esses caras são
o máximo. Queria poder usar um equipamento destes. Muitas vidas seriam
poupadas. Inclusive a vida dos bombeiros.
¾
É. Vamos orar para que eles continuem ajudando a
gente. Se eles te convidassem você iria com eles?
¾
Nem pensava duas vezes. Ia na mesma hora. E ainda ia de carona nestas
maquinas deles.
¾
Planadores.
¾
É. Planadores. Eu ia sim. Um dia todos os combatentes
dos direitos do povo vão poder contar com tecnologia eficiente.
¾
Como assim?
¾
Sabe quando você esta num incêndio e a escada
não consegue lançar o jato de agua até o topo do prédio?
¾
Sim.
¾
E você vê pessoas morrendo sem poder fazer nada
por elas?
¾
Sim. Já vi muitas.
¾
Esses caras podem fazer a diferença. E seus
robôs nem se cansam. Não se ferem. Não. Capitão. Um dia vou estar com eles.
Pode apostar.
¾
Se eu for. Te levo comigo. Quer?
¾
Serio? O senhor também esta pensando sobre isso?
Te convidaram?
¾
Mais ou menos. Vou esperar o telefonema deles.
¾
Capitão. Não se esqueça de mim. Quero ajudar.
¾
Vou falar de você. Confio no teu trabalho e
seriedade. Mas boca fechada no momento.
¾
Boca de siri.
¾
Vamos, já estão chamando.
Retiraram-se.
Mas todos os bombeiros foram com as imagens incríveis da estranha equipe na
cabeça. Os comentários não sessavam.
E no hospital
também não era diferente. Médicos e enfermeiros. Todos só falavam dos
estranhos.
E o mais
interessante, muitos já manifestavam o desejo de uma aliança. De estarem unidos
aos estranhos.
¾
Mas e seu futuro, você é um medico com futuro
brilhante pela frente.
¾
E dai, com eles eu continuaria a ser. E com mais
recursos para me desenvolver.
¾
Será?
¾
Com certeza. Até já liguei para minha esposa. Se
nos aceitassem, iriamos com eles. Ou melhor, nos juntaríamos a eles.
¾
Será que aceitariam um cirurgião no meio deles?
¾
Com certeza, dr. Maciel. Eles estão precisando
de pessoas esclarecidas e dispostas a trabalhar em prol da humanidade.
¾
Se me convidassem, eu ia.
¾
E sua mulher? Que diria?
¾
Ela é engenheira química. Tem lugar para ela
também, com certeza.
¾
Se eles me ligarem, falo de você. Pode contar
comigo.
¾
Serio. Ficaram de te ligar? Não se esqueça de
mim, mesmo.
¾
Eu não esquecerei.
¾
Você é mesmo um amigão. Só do que você me contou
do que eles fizeram. Já fico todo arrepiado.
¾
Por enquanto. Boca fechada.
¾
Falou.
CAPITULO IX
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