Hospital da Huamnidade cap 8 B.

Esta é a parte B do 8. capitulo.
espero que esteja gostando. se puder e tiver tempo. Comente e compartilhe com amigos.




¾    Excelente. Vamos direto ao quinto planeta. De lá orientaremos as pesquisas a serem realizadas.
¾    Déca. Sobrevoe o planeta antes de pousar.
¾    Quer dar uma apreciada na paisagem antes de pousar?
¾    Sim. Quero ver se tem oceanos, mares, montanhas, sei lá o que mais. É estranho pousar em um planeta diferente da Terra e que tenha tudo que tem nela.
¾    Vai ficar abismado. Eu achei lindo. O efeito da gigante azul cria efeitos lindos na coloração do planeta.
¾    Qual a temperatura media?
¾    Aceitável, de zero nos polos a 50 graus no equador.
¾    50 graus é de doer só de pensar.
¾    Mas não precisamos ficar no equador. Temos regiões frias por todo lado do planeta. Temos montanhas altíssimas e congeladas.
¾    Só dará para ter uma base quando estiver vendo. Por estar ficando mais tempo no espaço que na Terra, já esta se acostumando a situações melhor que ninguém. Mas logo será rotina em nossas vidas viajar pelos Sistemas Estelares.
¾    Graças a você que soube compartilhar seus achados. Parabéns.
¾    Era meu dever.
¾    Daniel.
¾    Sim, dra Regiane. Fale.
¾    Quanto tempo pretende passar aqui neste sistema?
¾    Uns dois dias apenas. Deixaremos uma nave para pesquisar todo o sistema e mandar analises para o Gigante.
¾    Que bom. A inauguração do Hospital esta exigindo muito de nossa atenção.
¾    Estarei lá com vocês. O presidente e a governadora também estarão presentes.
¾    Daniel. Estamos entrando na atmosfera do planeta Danny.
¾    Não pousem. Quero ver nas telas tudo que esta na superfície.
¾    Certo.
A nave foi descendo e cortando os ares. Parecia uma bola de golfe cortando os ares. Sua forma de lentilha facilitava a quebrar a barreira da atmosfera.
Seus campos de força protegiam o casco da nave de incandescer. Mas, mesmo que não houvessem campos de força, o metal do casco aguentaria uma entrada ate bem mais acentuada. Porem seria mais doloroso o processo.
Entraram suavemente. Perecia que estavam num elevador descendo de um andar para o outro em um prédio de apartamentos. Ninguém sentiu enjoo ou o menor baque que seja.
A tecnologia que os criadores haviam desenvolvido não deixava nada a criticar.
Um dia o ser humano dominaria esta tecnologia, não apenas a utilizaria.
E este dia se aproximava.
Daniel mandou sobrevoar o planeta a apenas 1000 metros de altitude.
Todos estavam boquiabertos.
Déca. Realizava-se com o resultado que sua descoberta causava.
¾    Olhem, ali estão as maiores cordilheiras do planeta. Do outro lado veremos um imenso oceano. O planeta é maior que nossa Terra. Mas as forças da natureza se assemelham. Pela distancia maior do sol. O calor da gigante perde um pouco de intensidade.
Passaram pela cordilheira e viram o oceano. Mais azul que os nossos. Ainda puros
¾    Deca. Já nadou nestas aguas?
¾    Sim. Eu e o Reginaldo acompanhados de uma dúzia de robôs de combate. Escolhemos uma praia tranquila. Mas nem seria necessário tanto cuidado. Não tinha nada de perigoso.
¾    Mas agiu certo. As aparências enganam.
¾    Aqui é uma região tropical. O clima deve estar a uns 30º C
¾    E este mar é convidativo, não é?
¾    Mi, olhe. Parecem baleias, não parecem?
¾    Vamos descer mais Danny. Quero ver mais de perto.
¾    Calma, Mi. Estamos sozinhos aqui. Elas vão continuar ali muito tempo. Déca., você pousou onde?
¾    No outro lado deste oceano. Tem mais planícies lá. A vista é mais tranquila e bela.
¾    Faremos o mesmo. Com planícies tudo se torna mais fácil.
¾    Qualquer lugar depois do oceano será bom para pousarmos.
Atravessaram o oceano, encontraram um bom lugar e pousaram suavemente.
¾    Vamos descer. Déca. Assuma o comando. Distribua as equipes. Edwardo, Dionizio, me acompanhem.
Todos desembarcaram. Um campo de força foi levantado ao redor do acampamento.
¾    Para que isto? Daniel, o planeta é inofensivo.
¾    Saberemos disto logo, mas no momento, o campo permanece.
O marechal Deca chamou para si os componentes do grupo. Pôs o major Reginaldo responsável pelos subgrupos de cinco.
¾    Reginaldo, já esta orientado sobre tudo o que tem de fazer.
¾    Sim, senhor. As equipes serão divididas em grupos de cinco pessoas. Cada uma sairá com um planador. Levará um robô de combate fora do planador.
¾    Senhor, qual serão os objetivos?
¾    Pesquisa. Precisamos de informações. Analise do solo. Da agua. Vida animal e flora. Na terra e na agua.
¾    Senhor, o ar aqui é respirável. A água é potável. Mas, esta gravidade pesada, se retirarmos os trajes espaciais quanto tempo resistiríamos caminhar na superfície do planeta?
¾    A gravidade tem pequena diferença. Em uma semana, no máximo, estaríamos acostumados a ela. Em meses, já nem sentiríamos a diferença.
¾    Então a colonização deste planeta é praticamente evidente?
¾    Depois destes testes que faremos teremos a respostas.
Repartiu as equipes tentando por um homem de tipo militar, um medico, um técnico em cada grupo. Conseguiu um resultado razoável.
Cada grupo se dirigiu a uma área diferente. As pesquisas tiveram inicio imediatamente.
Ao sobrevoar o planeta, Daniel mandara traçar o mapa geográfico. E também um mapa geológico.
¾    Edwardo, Dionizio, Mi, Deca, Linda. Vamos sobrevoar o planeta livremente. Quero analisar a sistema de vida dele.
¾    Não faremos analises técnicas como os outros?
¾    Deixaremos isto por conta dos robôs técnicos. Nós estaremos de olhos abertos para o sistema biológico do planeta.
¾    E a nave? Ficará sozinha?
¾    Sim. Tem um vasto campo energético ao redor dela. Deixarei cinquenta robôs de combate fazendo a ronda. Nada se aproximará da nave.
¾    Danny, vamos para onde?
¾    Em direção ao norte. Ate chegar as camadas de gelo. Dionizio, cuide da pilotagem.
Pegaram um planador grande. Levaram um robô de combate dentro do planador. Alguns robôs técnicos. Saíram na direção escolhida. Subiram a uma altura de 100 metros e ficariam nela.
A paisagem era surpreendente.
¾    A coloração das arvores e áreas verdes em geral é diferente.
¾    É esse tom azulado, Linda, vindo do sol. A frequência da luz é diferente e causa contrastes diferentes.
¾    E na vida animal? Qual será as consequências?
¾    Veremos Mi. Por serem de uma gravidade mais pesada, eles são mais fortes que os nossos animais.
¾    Por consequência as feras carnívoras são ainda mais perigosas aqui.
¾    Sim, doutor Mateus. A natureza se compensa.
¾    Se houvessem humanos aqui, dr. Mateus, eles seriam super fortes. Na Terra seriam atletas poderosos.
¾    Sabe, major Edwardo. Um dia os planetas que colonizarmos terão representantes na politica da Terra. E os jogos olímpicos serão entre planetas.
¾    É, Daniel, é incrível. Se alguém um ano antes me tivesse dito uma coisa assim, eu o internaria, e jogaria a chave do quarto fora.
¾    Dr. Mateus. O senhor não deve se recriminar por isso. As coisas avançaram demais nos últimos anos. Eu a pouco estava na escola, agora...
¾    Os mistérios da vida. Daniel, os mistérios da vida. Como você mesmo disse, a natureza se compensa.
¾     Olhem, ali, que manada de animais lindos...
¾    É Linda, não há no planeta Terra animais deste tipo. Que serão?
¾    De um zum, Dionizio.
¾    Sim, querem pousar?
¾    Sim, Danny, vamos velos de perto.
¾    Esta bem, Mi. Vamos lá Dionizio. Mas não tão perto para não assusta-los.
¾    Danny. As pernas traseiras são tão grandes que podem dar saltos enormes.
¾    Olhem ali na frente. Devem ser os predadores. Observem o porte deles.
¾    Parecem mais monstros de filme do cinema.
¾    Dona Mirian, se a presa pode dar saltos muito longos. Para sobreviverem, os predadores precisam ser mais rápidos que elas.
¾    Ou ter armas de ataque que as atinjam a distancia.
¾    Vamos observar o modo de ataque destes animais.
¾    Dionizio, filme tudo.
A manada continuava pastando tranquilamente. O vento a desfavorecia.
À frente, já a pouca distancia, os predadores.
De repente a manada para agitada. Alguns animais maiores tomam a frente. As crias e talvez, as fêmeas, ficam cercados.
Os predadores atacam. A manada foge em direção oposta.
Fêmeas e filhotes correm na frente. Os mais fortes na retaguarda garantem a fuga e a distancia dos predadores.
Mas a pouco mais de 300 metros de corrida. Outros predadores saem de dentro da terra onde estavam escondidos sob a terra.
Saltam diretamente no meio dos animais mais fracos. Fazem a confusão no bando. Os outros predadores, que estavam ainda longe, alcançam a manada agora desorganizada. Os animais desorientados viram presa fácil.
Poderosas garras e dentes afiados são mais eficientes que as pernas de salto. Pois se um salto te tira de perto de um inimigo, tem outro a espera na queda.
Dionizio filma tudo. A matilha se sacia e a manada foge para outras paragens.    
¾    Vocês viram isto. Danny. Eles se organizam. Um grupo de homens descuidados nestas paragens, estariam perdidos antes de saberem o que aconteceu, ou o que os atacou.
¾    É por isto que estamos aqui. Para entender este mundo. Suas riquezas, belezas e perigos...
¾    E parece que, pela amostra, tem muitos.
¾    Verdade. Major. Eu te trouxe comigo por este motivo. Quero que teus olhos treinados para o perigo identifiquem coisas que a nossos olhos de leigos são invisíveis.
¾    Deixe comigo, Daniel. Vamos filmar tudo que pudermos e depois faremos a comparação com o trabalho das outras equipes.
¾    Vamos seguir viagem, Dionizio. Mantenha os 100 metros, para não perdermos nada.
¾    Em frente, então.
¾    Daqui em diante parece que a pradaria ferve de animais. É a agua que eles vem atrás.
¾    Eles estão atrás da agua e os carnívoros estão atrás deles.
¾    Tem uma variedade incalculável.
¾    Nunca houve aqui o homem que mata por prazer. E extermina espécies inteiras para ter troféus.
¾    Por enquanto não. Mas...
¾    É verdade. Logo nós os traremos para cá.
¾    Que pena que exatamente a gente é que vai ser o causador da destruição deste paraíso.
¾    Mas pode ser diferente. Podemos por regras aqui. Depois eu penso no assunto. Ali, Dionizio, para ali.
¾    O que será aquilo? Parece não ser natural...
¾    Veremos. Pouse naquele espaço.
¾    Pronto. Vai descer? Antes mande um robô de combate dar uma varredura.
¾    Esta bem, Dionizio. Pode mandar um de combate e um técnico.
Na encosta do morro uma construção estranha. Parecia um totem. E totens a natureza não cria.
¾    Daniel, esta obra não parece natural. Quem será que fez isto?
¾    Ainda não tenho a resposta, mas teremos.
¾    Os robôs deram uma batida nos arredores, não acharam nada.
¾    Deixe-me descer primeiro, Daniel. Eu estou mais acostumado a descobrir traços e pistas.
¾    Vamos todos. Major Edwardo. O perímetro esta limpo.
¾    Danny, estamos prestes a descobrir uma civilização nova. Incrível.
¾    É verdade, Mi. As coisas se complicam.
¾    Por quê?
¾    Sendo repórter, Linda, você já deveria ter imaginado.
¾    Mas não peguei ainda, me explique.
¾    Quando você põe dois povos diferentes um ao lado do outro. Com diferentes níveis de cultura e tecnológicos, normalmente o mais forte escraviza o outro.
¾    Entendo. Mas se estabelecer regras... as coisas podem ser diferentes aqui.
¾    Espero. Depois veremos, temos de encontrar a civilização que fez isto primeiro.
¾    Pode não ser tão fácil assim. Que acha, major?
¾    Ainda não vi nenhuma trilha de bípedes. Só tem trilhas animais.
¾    Deve estar aqui a centenas ou milhares de anos. Esta bem desgastada pelo tempo.
¾    Daniel. Vamos registrar tudo, e seguir viagem. Talvez mais ao norte surjam novidades.
¾    Sim, major. Dionizio, entre em contato com as outras equipes.
¾    Quer saber como estão e se tem alguma novidade, isto?
¾    Sim, Dionizio. Enquanto isto siga mais para o norte. Mantenha a altura anterior.
¾    Todas as equipes estão respondendo que tudo esta em ordem. Encontraram uma gama enorme de vida animal. Jazidas minerais e vegetação farta. Mas civilização, ainda não.
Chegaram ao polo norte. Sem mais novidades marcantes.
A vida animal era intensa, mas civilização. Nada.
¾    E agora? Danny. Não encontramos a tribo que fez aquele totem.
¾    Não nos apressemos a criar conclusões. O planeta é enorme. Tem muita coisa que ainda não conhecemos. E povos diferentes têm costumes diferentes.
¾    Que tem isto a ver? Se estivessem aqui ainda, nós teríamos visto uma de suas tribos, ou cidades. Traços de civilização.
¾    Não é bem assim, Linda. Por exemplo. Não leve o que vou dizer ao pé da letra.
¾    Pode falar.
¾    Se o povo que construiu aquele totem, for uma evolução de aves. Ou aquática. Ou subterrânea? Onde encontraríamos as evidencias de cultura?
¾    Entendi, Danny. Podemos estar procurando no lugar errado.
¾    Sim, Mi. Os povos evoluem de acordo com o lugar onde vivem. Nada é definitivo.
¾    Como você pensa rápido, parabéns. E o senhor, major? O que acha?
¾    Concordo com o Daniel. Mesmo que estas ideias não tenham me acorrido antes. Ele esta certo.
¾    Vou lhes dizer por que disse isto.
¾    Fale Danny.
¾    E que no meu hipnotreinamento, e também nos arquivos da Base de Plutão, pude conhecer fotos e vídeos de raças alienígenas inteligentes. E muitas delas não se pareciam em nada conosco. Algumas até se parecem. Mas poucas. A imensa maioria era diferente em todos os campos e detalhes.
¾    Por que não nos contou antes este detalhe?
¾    Ate agora não era necessário. Agora, talvez seja o caso. Mas não tiremos conclusões ainda. Esperemos os acontecimentos.
¾    Sim. Esperemos. Vamos voltar a base?
¾    Ainda não. Doutor. Deixe os robôs fazerem seu serviço.
Sobrevoaram o norte do planeta. Havia muitos tipos de animais polares. Mas algum que demostrasse inteligência, ainda não.
Voltaram por outro caminho. As analises eram promissoras. Por todo canto que sobrevoaram havia indícios de jazidas. Afinal, este mundo nunca fora explorado.
Todos os recursos minerais ainda estavam estocados.
Daniel chegou a nave com sua equipe. Algumas outras já estavam de volta.
As que já tinham prestado relatório tinham algo em comum.
¾    Vastas manadas de animais. Feras de todos os tipos. Animais gigantescos mas lentos. Flora exuberante. E vastas jazidas minerais.
¾    Mas vida inteligente, nada.
¾    Nem traços de cultura perdida? Construções, templos, túmulos, destroços, ruinas, nada? Reginaldo, alguma pista de cultura?
¾    Nada, Daniel. Só a sua equipe encontrou algo que se assemelha a um totem, uma estatua religiosa. Os relatórios ate aqui prestados não trazem nada nesse sentido. Esperemos as outras restantes. Faltam cinco das dez enviadas.
¾    Amanhã reiniciaremos as buscas. Vamos nos concentrar na área do totem. Ou se alguma outra trouxer novidades.
¾    Esta certo.
¾    Major Edwardo. Na sua opinião, o que vimos pode ser de origem natural?
¾    Não sei, Daniel. O restante da equipe acredita ser uma estatua religiosa, um totem, e as analises também apontam para este lado.
¾    É estranho. Veja. Se houverem criaturas capazes de esculpir um poste ídolo daqueles, onde estão? E outra coisa. Haveriam muitas tribos espalhadas por ai ou ruinas, ou cidades, vilas, aldeias... onde?
¾    Calma. Você mesmo disse. Nem todos os seres inteligentes agem da mesma forma. Nem são iguais.
¾    Um só indicio. É estranho.
Alguém se aproxima.
¾    Daniel, uma equipe esta voltando. Encontraram algo de diferente mas não sabem o que fazer com a descoberta.
¾    Não entendi.
¾    Estão trazendo com eles.
¾    Não disseram o que é?
¾    alguns artefatos antigos mas não natural.
¾    Fabricados, você quer dizer.
¾    Montados, amarrados, logo estarão aqui, veja...
¾    Quem esta no comando da equipe?
¾    Um es tenente da aeronáutica. Demerval Garcia Lopes. Muito audaz e corajoso. Tem se mostrado muito ativo e desejoso de aprender.
¾    Estou curioso pelas novidades que trará. Reginaldo. Ou melhor, major Reginaldo. O que achou do desempenho das equipes? Foram eficientes?
¾    É a primeira missão deles juntos. E ate agora não ofereceu maiores desafios. Mas se deram bem. Acredito que no futuro, aqueles que forem designados a trabalhar juntos, darão ótimos resultados.
¾    Obrigado pela opinião. Sua colaboração foi inestimável.
¾    Só fiz meu dever, lhe devo muita coisa, senhor.
¾    Daniel, por favor. Me chame pelo nome.
¾    Eles chegaram. Estão pousando. Onde esta o Dionizio, se posso perguntar?
¾    Pode, sim. Esta analisando e transmitindo dados para o Gigante. Estou muito curioso por causa do totem. Ele não me sai da cabeça.
¾    Descanse, logo saberemos a resposta  a esta e muitas outras perguntas.
¾    Sim, por que um planeta tão lindo e perfeito não tem vida inteligente ainda?
¾    Ou não tem mais. É isto que lhe incomoda, não é?
¾    Entendeu. É isto mesmo.
Demerval entra para prestar relatório. Não esperava encontrar-se com Daniel. Ficou meio atônito.
¾    Tenente Demerval, se apresentando para prestar relatório.
¾    Pode falar, Demerval.
¾    Estávamos analisando, filmando e fotografando a região ao leste daqui. No mesmo quadrante. Tudo estava normal. Mas a pouco tempo demos com uma coisa fora de ordem.
¾    O que era?
¾    Os restos de uma habitação primitiva. Trouxemos alguns utensílios conosco. Vai achar tudo meio fora de sentido, senhor.
¾    Por que?
¾    Senhor Daniel. O material utilizado... venha ver.
¾    Vamos. Tenente Demerval, o que tem no material? O que é tão estranho, deve ser pedra lascada, dentes de feras, ou algo assim...
¾    Mas não é, senhor. Veja.
No chão alguns poucos pertences montados de forma rudimentar. Ao redor varias pessoas curiosas a comentar. Porem...
¾    Meu Deus. O que é isso?
¾    É o que eu disse, senhor Daniel e major Reginaldo. Não tem logica.
¾    É um machado primitivo, mas feito com lamina de algum metal semelhante ao aço.
¾    E as pontas de frechas, de lança, tudo do mesmo material.
¾    Mas são pedacinhos quebrados. Não foram cortados.
¾    Onde o ser que as fabricou deve ter encontrado este material?
¾    Não pode ser obra dele, claro que não. Se dominasse a técnica do metal ele moraria em casas de pedra. Ou no mínimo haveria uma cidade, alguma coisa mais durável...
¾    A situação complicou ainda mais.
¾    Tenente Demerval amanhã cedo voltaremos ao local das ruinas do acampamento. Iremos todos juntos e vasculharemos a região ao redor.
¾    Certo senhor.
Daniel chama Dionizio pelo intercomunicador.
¾    Dionizio, mandarei alguns pedaços de metal para que você os analise.   
¾    Sim, Daniel. O Gigante quer falar contigo. Pode vir aqui?
¾    Sim. Estou a caminho.
¾    Preciso entrar. Se houver novidades quero ser informado.
¾    Esta certo Daniel. Qualquer coisa chamo pelo intercomuncador. Vou continuar a aguardar o regresso das outras equipes.
Daniel vai a sala de comando onde esta sendo aguardado pelo Coordenador da Base da Montanha, o Gigante.
Ele não estava ali fisicamente. Estava na tela frontal, apenas um símbolo que o identificava.
¾    Ola, amigo. Quer falar comigo?
¾    Sim, Daniel. É sobre o Hospital da humanidade. Esta pronto para ser inaugurado parcialmente. O dr. Mateus e a dra. Regiane estão com você. O presidente já anunciou sua presença junto com uma delegação de alguns representantes estrangeiros, a governadora do Estado junto a alguns outros governadores também estarão presentes. A imprensa estará aqui em massa. O ministro da saúde e o secretario de saúde local virão. As câmaras de deputados e de vereadores mandarão representantes. Ate o Senado também já anunciou representantes. Pelo que vê, seu povo esta impaciente pelo maior evento dos últimos tempos.
¾    Que ótimo. Mas o que mais desejo saber é como esta o pai da Mi?
¾    Esta bem, Daniel. Ele recebeu um tratamento intensivo. Mas ele não estava com um câncer tão avançado assim.
¾    Disseram-me que estava em estado terminal. Mas tudo bem. Estou feliz por ele estar bem. Vou dizer a Mirian.
¾    Ela já sabe. Entrou em contato comigo antes do senhor.
¾    Era de esperar. Trata-se do pai dela. E meus pais. Estão onde?
¾    Eles foram convidados ao gabinete da governadora. Com certeza querem acertar o direito de discursar, ou no mínimo enfeitar um pouco a participação deles no projeto. Seus pais ainda estão a caminho. Quando a reunião começar eu saberei de tudo. Tenho um robô técnico servindo de interprete junto a eles. Apresentar-se-á como secretario particular do casal. E através dele participarei de tudo o que falarem, e o que ele observar eu registrarei.
¾    Muito bom. Ele é um robô personalizado ou comum?
¾    Personalizado. A partir de agora acompanhará seus pais para a segurança deles. Ele esta armado com dois laser,  desintegradores e raios narcóticos.
¾    Eles estão de acordo?
¾    Sim. E vocês? Quando voltam?
¾    Amanhã vou fazer nova incursão num local onde encontraram alguns artefatos primitivos. Porem as pontas utilizadas são de metal super-resistente. Dionizio analisará e lhe mandará os resultados. Se puder me ajudar com alguma informação, faça isto.
¾    Certo. Estarei aguardando a analise. Mas, encontrar vestígios de civilização antiga não é improvável.

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